O debate sobre Mídias Sociais na Publicidade aconteceu no CampusBlog e contou com a participação de Marcelo Tripoli (iThink), Lucas Mello (LiveAD), Mentor Muniz Neto (Bullet), Gustavo Fortes (Espalhe) e teve como moderador Carlos Merigo (Brainstorm#9).
O debate começou a partir do questionamento sobre a relevância do uso de blogs, twitter e outras mídias pelas agências, se os comentários deveriam ser abertos ou não e quem deveria escrever o conteúdo, os diretores, todas as pessoas ou apenas as que seriam direcionadas para isso.
Para os participantes, não adianta moderar os comentários pois há outros meios para que o consumidor se expresse, como twitter e blogs. A empresa que deseja utilizar as mídias sociais para chegar nesse tipo de público não deve se importar com isso, pois se o feedback for positivo as pessoas vão escrever mais sobre isso e gerar um retorno maior.
Nos dias de hoje, quase todas as pessoas possuem perfis em alguma mídia social e comentam sobre o que já comentavam com os amigos. Agora, porém, as opiniões ficam registradas na internet.
Sobre a moderação foi dito, ainda, que criar uma narrativa é fácil; difícil é gerenciar essa comunicação o tempo inteiro. Se o feedback é negativo, o desespero é maior, pois, quanto mais coisas se pode falar sobre determinado assunto, mais ele deve ser monitorado. Ou seja, não se pode criar uma campanha e monitorar só no começo, deve-se monitorá-la no durante e principalmente no seu término.
O moderador citou o case do Whooper, sanduíche da rede Burger King, que criou um aplicativo que incentivava os usuários do Facebook a deletarem pessoas das suas listas e isso fez com que o aplicativo fosse removido da rede social. Tal ação gerou uma polêmica entre blogs, twitters e até mesmo na tv.
A conclusão da mesa sobre o assunto foi que o Brasil ainda está engatinhando na produção de aplicativos ou campanhas que gerem polêmicas, visto que falta coragem das agências para apresentar esse tipo de briefing para o cliente, pois não adianta ele pedir campanhas em redes sociais ou até mesmo de marketing viral se não for um cliente transparente e sem problemas a esconder. Para eles ainda faltam no país empresas bem-resolvidas que queiram entrar nesse tipo de mercado.
Outro ponto discutido foi sobre o critério de escolha de blogueiros para participar de promoções. Como existem blogueiros que dão audiência e outros que não dão, deve-se convidar os dois tipos. O primeiro porque propaga a campanha e o segundo por ser mais sincero e não cobrar.
Sobre a inovação de sucesso, os debatedores falaram que a agência deve insistir pro cliente que determinada ação vai dar certo, mesmo que nenhuma outra tenha feito. Isso deve ser feito junto a um gerenciamento de clientes que foram educados pelas próprias agências.
Uma das perguntas feitas foi se as mídias sociais devem ter facilidade para trabalhar com as agências ou se as agências devem, primeiramente, trabalhar as idéias e organizá-las para depois trabalhar com as mídias sociais. Eles concordaram que as idéias devem ser primeiramente organizadas e depois trabalhadas. Os participantes ainda completaram que as pessoas e os clientes não são maduros o suficiente para interagir com as mídias sociais.
O desafio de levar ao cliente uma idéia que não fique apenas na mídia social, e sim na vida do cosumidor, faz com que a agência reflita que não é apenas tecnologia e mecânica que importam, mas também a forma que se chega no consumidor final, pois o mais importante para qualquer campanha é ele.
Para fechar, eles falaram sobre marketing de guerrilha, que faz com que a idéia seja viralizada. Citaram um exemplo de que não adianta fazer um investimento de R$ 300.000 em um site e ninguém falar dele. A agência deve pensar em estratégia de street jobs para o seu cliente e apresentar sob a seguinte premissa: não adianta lançar um produto, deve-se lançar "O" produto.
Qual a sua opinião sobre a relação da publicidade com as mídias sociais? O que você acha sobre marketing de guerrilha? Responda nos nossos comentários ou através do twitter, basta seguir @addcomm.
::adellearaujo
22 janeiro 2009
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Um comentário:
Adelle, parabéns pelo relato. Eu acho que mídias sociais devem ser usadas sim pelos clientes e concordo que se ele não for transparente é melhor ficar longe. E, mesmo assim, mesmo que uma marca não use Redes Sociais, alguém pode usar o produto daquela marca e vai falar. Ou seja, querendo ou não, basta ter alguém usando uma marca para ela cair na rede. Então, é preciso se preparar. E, ainda que falem mal, para recordar o velho ditado, que falem de mim. Pelo menos foi isso que a Donna Boyd falou no Digital Age 2.0. Bjs!
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